terça-feira, junho 28, 2011

Texto: Parem de feminilizar nossas escolas

Tradução de um texto de Jill Parkin publicado no site do tablóide londrino Daily Mall em 31 de janeiro de 2007.



“Parem de feminilizar nossas escolas- nossos meninos estão sofrendo”
Jill Parkin

A mochila da natação atingiu o solo do carro com força, e meu filho atingiu o assento com ainda mais força, resmungando. “Qual o problema?”
A sua escola primária tinha acabado de perder uma competição de natação, em grande parte porque a professora havia escolhido um time com base no entusiasmo ao invés da habilidade.
Para parafrasear aquele velho clichê, não era competir que importava, mas sim participar.
Bem, sinto muito, mas o mundo real é cheio de vencedores e perdedores. E agora, os perdedores são uma geração de meninos que foram traídos por uma sistema educacional que não vê mais diferenças cruciais entre os sexos.
A história da competição de natação do meu filho também está por trás da história de números recentes mostrando que meninos que vão à universidade estão sendo superados pelas meninas em todos os quesitos, cm 23 mil mais lugares sendo obtido por mulheres que por homens.

Eu gostaria de dizer que os números são uma surpresa. Mas tanto mãe(De um menino e de duas meninas) e como autora sobre questões educacionais, eu sinto em dizer que os números são previsíveis.

A verdade é que quando os garotos chegam aos doze ou mesmo quatorze anos no afeminado ambiente das escolas de hoje eles sempre perguntam: “Qual o sentido?”
Se os meninos não estão chegando à universidade, ou mesmo tentando em primeiro lugar, é porque eles foram desincentivados a aprenderem. Eles receberam a mensagem que isso não é para eles.
E isso é uma tragédia para todos nós. Eu não quero minhas filhas crescendo numa sociedade repleta de homens alienados e eu não quero viver numa sociedade que sufoca todos os bons aspectos da masculinidade. E é exatamente isso que ocorre em nossas escolas.
Esqueça aquele papo de caracóis, larvas e rabos de cachorrinhos.

Os garotos são feitos disto: tremendos bancos de dados que são capazes de lembrar de anos de partidas do campeonato inglês de futebol, montes de testosterona que precisam ser queimadas no esporte e uma veia competitiva oculta que é tão vital quanto sangue para eles.
Utilizados na forma correta, estes ingredientes podem ajudar os meninos a fazer o melhor na sua educação. Mas muitas das escolas de hoje tentam barrar estes instintos em prol de um currículo afemininado, que beneficia meninas em todos os aspectos.
Os problemas começam na sala de aula. Ao invés da maratona de ganhar ou morrer de uma prova os garotos tem que enfrentar trabalhos estúpidos.
O sistema de adulação continua significa que qualquer um possa entrar no Google e copier e colar respostas da internet em casa. Meninas, com sua abordagem mais paciente de aprendizado triunfam neste sistema.

Mas cadê a excitação e o desafio para os meninos? Provas costumavam ser uma oportunidade para eles aparecem e usarem a cabeça. Não me espanta que muitos deles caiam pelo caminho e desistam da oportunidade de irem à universidade.
Colocando de forma franca, meninos acham a escola chata. Costumava se dizer que a maioria dos primeiros e terceiros lugares em Oxford e Cambridge costumavam ir para homens, enquanto as mulheres tinham mais chances de conseguir os segundos lugares. Por quê? Homens gostam de assumir riscos – sejam eles terminando em triunfo glorioso ou desastres. Mulheres preferem um jogo mais seguro.

E o curriculo atual é livre de qualquer risco. Isto é mais óbvio em ciências, aonde experimentos de verdade com fogo ou sangue foram substituído por números num papel ou aprsentações em vídeos.
A Sociedade Real de Química diz ter sérias preocupações com o declínio do ensino de química prática. Mas, na verdade, escolas se tornaram anódinas de outras formas também.
Dissertações são agora tão fáceis que podem ser completadas pelo computador. Uma de minhas filhas vêm para casa com os parágrafos inicias e palavras chave para suas dissertações já prontas.
E se você tiver uma idéia brilhante, um argumento apaixonado ou uma análise implacável? Isto não é encorajado porque não se encaixa nos planos-modelos das dissertações.
Apresentação, consistência e diligência podem ser virtudes, mas se queremos ter físicos que pensem o impensável, políticos com idéias radicais e músicos e dramaturgos inspirados, precisamos ter um pouco de ação no currículo também.
É uma constatação de professors que garotas gostam de agradar e meninos gostam de vencer. O problema é que todo nosso sistema é guiado por uma estranha idéia de igualitarismo que de alguma forma se confunde com justiça.
É igualitário colocar qualquer um que flutue numa competição de natação, mas não é justo com quem quer competir. E assim você não vai a lugar nenhum.
A mesma coisa para premiações nas escolas. Eu já vi muita entregas de premiações nas escolas e elas são uma farsa.

Aqueles que se saem melhor, que realmente conseguem grandes feitos dificilmente conseguem algum reconhecimento porque alguém decidir que, tendo como base o igualitarismo, a maioria dos prêmios deveriam ir para os menos hábeis. Então há prêmios para amabilidade e prêmios para não falar palavrão.
Não que isso não devesse ser premiado, mas sim que é igualmente importante se premiar a grande excelência. Meninos gostam de prêmios – mas apenas os prêmios de verdade. Assim que eles percebem que o sistema é viciado eles não querem jogar.
A sua testosterone e sua companheira, a veia competitiva precisam ser reconhecidas. Se eles são ignorados, os rapazes se tornam apáticos e começam a se retrair em suas máscaras e a aterrorizar o resto da gente.
Eventualmente, eles gastam seu tempo brigando e tirando Desordens Comportamentais ao invés de notas dez.

Expecialistas em educação irão apontar também para uma questão social. A entrada na universidade se estendeu a família cujos os filhos tinham ido direto do trabalho para a escola, e pegou bem mais meninas da classe trabalhadora que por meninos da mesma classe e isso motiva alguma das estatísticas.
Estes são os mesmos meninos que são mais vulneráveis a serem alienados pelo estilo atual de currículo e com a cultura masculina deles, eles são aqueles que encontram problemas se eles saem da escola sem habilidades sem oportunidade de emprego.
Por exemplo, um garoto problemático na classe do meu filho era impossível de lidar atpe o dia que um exasperado professor desafiou-o para uma queda de braço(Sim, isso é provavelmente uma violação regimental).

O rapaz perdeu, levou numa boa e passou a se comportar melhor. Era um código masculino em trabalho que ele identificou.
O mesmo professor também sabia quando brigas eram sérias e quando elas deveriam seguir seu rumo. Professoras, querendo um recreio em paz, paravam todas.
Algumas características masculinas precisam ser cultivadas, não ignoradas. Meninos precisam de esportes, provas, competição e reconhecimento.
Você só precisa ver a forma como meninos gastam seu tempo livre. Eles gritam consigo mesmos em partidas de futebol, destroem uns aos outros no mundo virtual do computador. Resumindo, eles competem. O meu também, de qualquer forma, mesmo que ele devore livros.
E isso sem dizer que meninos e meninas são diferentes. Mas as escolas de hoje negam essa forma básica de biologia.

Na verdade, qualquer sociedade precisa de ambos os sexos para prosperar e para inspira-los pela educação. Agora, os rapazes estão jogando seus cadernos no chão e se perguntando: “Para quê isso?”
E francamente, não os culpo.


NOTA: Testosterona, além de ser o hormônio masculino, também afeta os níveis de agressividade.

FONTE:

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