segunda-feira, março 04, 2013

FRACASSO ESCOLAR

A discussão sobre o fracasso escolar é antiga e cada vez mais importante, porém, muito se discute e pouco se resolve. Mas de quem é a culpa? É possível solucionar este problema baseando-se em uma única causa? Pois bem, vivemos em uma sociedade que nos leva a procurar culpado para tudo, mas em se tratando desta problemática, não é possível se basear em uma única causa, ou procurar alguém para colocar a culpa. Quando falamos de fracasso escolar estamos falando de um problema estrutural, de longa data e muito mais sério do que podemos imaginar. Estamos falando também das condições dos alunos tanto cognitivas quanto psicológicas, sociais e físicas, de problemas de estrutura escolar, além da situação vivida pelos professores, que envolve a má remuneração, a falta de reconhecimento dentre outros fatores. Apesar desta problemática envolver diversos aspectos, vou salientar os que considero mais influentes e que consigo perceber com maior frequência no dia-a-dia: a FALTA DE DESEJO DE APRENDER, por uma considerável parcela dos alunos que frequentam a educação básica; e a FALTA DE VONTADE DE ENSINAR por grande parte dos professores. Não é difícil perceber que há muito tempo os alunos frequentam a escola por obrigação, também não é difícil perceber como os professores se sentem frustrados por não conseguirem atingir os objetivos que estabelecem no decorrer do trabalho. Diante disso, O QUE FAZER? Este talvez seja o questionamento de inúmeras pessoas, pois o fracasso escolar acaba envolvendo não só professores e alunos, como também a sociedade, de um modo geral. Sabe-se que lidar com seres humanos nunca foi uma tarefa fácil e tranquila. Entretanto, nos últimos anos, a situação tem se agravado ainda mais nos ambientes educativos e, neste aspecto, falta a articulação dos problemas da realidade com estratégias de ensino permanentes e condizentes com o contexto, bem como a sensibilização dos professores na busca de alternativas para lidar com a falta de desejo de aprender dos alunos. Por outro lado, falta o comprometimento do aluno e da família para que o processo ocorra de maneira significativa. O grande impasse é que a desmotivação da maioria dos professores, decorrente muitas vezes da falta de reconhecimento e da situação em que se encontra a sociedade, gera falta de motivação nos alunos, já que estudar não é o sonho de consumo de nenhum deles. Que a escola é ruim, que o professor não é valorizado e nem defendido pela sociedade, que os alunos vivem em condições sócio-afetivas precárias... nós já sabemos. Contudo, a realidade pede para que haja uma união em prol de melhoria escolar, sem procurar culpados. Mas, COMO FAZER se a autodefesa está entre as habilidades mais importantes que alunos, familiares, professores e demais profissionais da educação pode dominar?

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