Diretor do sindicato dos professores acredita em crime homofóbico.
Guilherme Almeida, 36 anos, também era coordenador da escola.
O professor e coordenador Guilherme de Almeida Filho, 36 anos, foi baleado e morto na frente da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Rosa da Penha, no bairro de mesmo nome, em Cariacica, na Grande Vitória, durante um assalto, na manhã desta quarta-feira (8). Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O diretor do Sindicato dos Professores em Educação Pública (Sindiupes) Christovam de Mendonça afirma que o crime pode estar ligado à homofobia, pois o professor era homossexual assumido e sofria discriminação na região, fora da escola. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
A escola tem câmeras de segurança, a ação foi filmada e as imagens foram entregues à polícia. Segundo informações da polícia, o professor estava chegando, por volta das 6h30, quando foi abordado por um assaltante. Ele correu para dentro da escola e foi perseguido pelo criminoso. O professor tentou pegar um balde para se defender e jogou a chave do carro no chão. O assaltante atirou contra ele, pegou a chave do carro e foi embora. Guilherme chegou a ser socorrido e levado para o Hospital São Francisco, em Cariacica, mas morreu em seguida.
A Prefeitura de Cariacica informou que as aulas na EMEF Rosa da Penha foram suspensas por dois dias, só retornam na sexta-feira (10). "Guilherme trabalhava na escola há 10 anos e era muito querido pelos alunos e colegas. Todos estão muito abalados. O professor também dava aula nos municípios de Viana e Vila Velha, nos outros turnos. Cedemos as imagens para a polícia, elas são claras e vão ajudar nos trabalhos", afirma o secretário de Educação, Saulo Andreon.
Os alunos lamentaram a perda do coordenador. "Ele tinha personalidade forte, mas fazia de tudo para ajudar quem precisava. Ele sabia quando a gente estava com algum problema. nenhum aluno tinha medo de conversar com ele, de se abrir. Ele sempre foi uma boa pessoa. Até agora não caiu minha ficha", conta uma aluna.
Escola onde professor foi assassinado. (Foto: Aroni de Freitas/ TV Gazeta
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