sexta-feira, maio 20, 2011

As Marchas na Esplanada...



Carlos Américo Rangel - Diretor de Política Sindical do SINDIUPES

Em primeiro lugar, fui convidado para participar deste evento pelo diretor do Sindiupes Christovam, da pasta de Organização, em nossa saída no dia 16 de Maio, para participar do 8.o Seminário LGBT em Brasília-DF, pela aprovação da PEC do Casamento Civil entre Homossexuais, com diversas mesas de debate abordando o tema Diversidade Sexual, sendo que ao fim do primeiro dia de ação ocorreu uma reunião com os/as parlamentares capixabas, já que no dia 18 de Maio ocorreria a Marcha Contra à Homofobia, que ocorreu praticamente no mesmo momento do movimento do Grito da Terra, em ambos os casos, as ações estão antenadas com os anseios da sociedade brasileira que precisa avançar.

Tanto na ida, quanto na vinda, os espaços de paradas, deslocamentos e alojamento serviram para uma intereção intensa entre os 15 militantes que foram junto com a comitiva do Espírito Santo e os 35 trabalhadores/as em educação capixaba que foram somar ao movimento LGBT, os/as militantes estiveram o tempo todo conversando com os/as trabalhadores em educação passando seus pontos de vista e suas demandas, refletindo como essa intereção espaço escolar, profissionais da educação e a realidade encontrada dentro das unidades escolares ocorram sem ações homofóbicas.

Com relação ao alojamento no Sof Hotel foi realmente necessário, uma vez que a longa viagem e as diversas atividades que ocorriam ao mesmo tempo retiraram muito da energia do grupo, sem contar que o hotel estava numa área próxima do evento.

No momento do Seminário todos os temas abordados foram extremamente importantes e abordaram temas doloridos, como os assassinatos e as diversas agressões físicas e/ou verbais que ocorrem diariamente, mesmo assim, diversas ações estão sendo tomadas para que tais realidades não ocorram num futuro breve, mesmo com todas as ações em contrário ao movimento LGBT, uma tônica de não agressão, nem física, nem mental, isso tudo, como uma forma de se opor pacificamente aos ambientes em que frequentam, foi abordado o apoio da família na descoberta da sexualidade das pessoas, sem se criar barreiras e limitações, contando com o apoio dos espaços escolares para ampliar o debate sobre diversidade sexual para uma construção imediata de uma escola pública sem homofobia.

No horário do almoço ainda consegui acompanhar a Marcha do Grito da Terra que ocorria na Esplanada com diversos trabalhadores rurais de todos os cantos do Brasil, com suas bandeiras nas mãos, com suas propostas circulando em todos os Ministérios que envolvem as questões da Terra, ocuparam o Planalto Central para que suas solicitações fossem ouvidas, alguns destes pontos também envolvem as lutas da educação.

No final da terça-feira ainda na câmara dos Deputados, após o final dos trabalhos no auditória toda delegação capixaba esteve numa reunião com parlamentares do Espírito Santo convidados para debater o tema, todos/as foram convidados/as, mais apenas compareceram a Senadora Ana Rita Esgário (PT), os Deputados Paulo Foletto (PSB) e César Colnago (PSDB). Todos dialogaram com os/as trabalhadores em educação presentes e com os militantes, numa conversa direta e onde os mesmos ponderaram sobre o tema, ao final os militantes realizaram a pergunta que todos e todas desejavam fazer, se os mesmos estariam apoiando as demandas do movimento LGBT, mesmo com as ponderações levantadas, todos se posicionaram favoráveis ao tema, ponto positivo para os organizadores deste espaço de debate, aos que não estiveram presentes, perderam uma ótima oportunidade de um debate franco e aberto, bem como, de conhecer as verdadeiras demandas dos militantes do movimento LGBT.

Já na quarta-feira pela manhãm dia da Marcha, os preparativos para a Marcha, toda delegação estava presente, após a distribuição de camisas e de material de divulgação, com uma organização imensa, todos participaram da mobilização pela Esplanada, até chegar perto do Supremo, lá chegando, muitos militantes revezavam no carro de som efetundo suas falas e ao final foi realizado um abraço coletivo no Supremo, como forma de reconhecimento pela votação em defesa da Diversidade Federal. Nossa Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE, também esteve presente com faixas, cartazes e materiais que estavam sendo distribuidos entre os participantes da Marcha.

Em seguida, passamos pelo Hotel para pegar nossas coisas e seguimos em direção ao Espírito Santo, não sem antes realizar uma conversa coletiva no ônibus como forma de avaliar a participação capixaba no movimento, tanto pelos/as trabalhadores em educação, quanto dos militantes LGBT´s, num dialogo muito instrutivo e que serviu para balizar o entendimento dos/as profissionais da educação que estavam indo pela primeira vez num evento abordando o tema Diversidade Sexual.

Como observação pessoal, só posso informar que para cada evento que aborda o tema Diversidade Sexual de que participo, me ajuda como: pai, cristão, ser humano, profissional da educação e como diretor de política sindical do Sindiupes.

Valeu pela paciência nestes dias, tardes e noites de muitas conversas e de muito aprendizado coletivo...




Professora Rudmara, eu e o amigo Carlos Américo

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