Durante muito tempo, e ainda hoje, a escolha de diretores se apresenta sob uma prática clientelística, sem critério nenhum de avaliação.
Cabia então a escolha do diretor, ao deputado, ao vereador, ao prefeito ou ao chefe do diretório partidário. As conseqüências dessa prática resultavam que o diretor empossado, na maioria das vezes, não era professor, desconhecia a problemática educacional e não tinha nenhum vínculo com a escola ou com a comunidade.
Uma segunda e grave conseqüência ainda assinalada, era o fato do diretor escolar indicado de forma clientelista permanecer ocupando o cargo de forma indefinida e sem qualquer avaliação.
O que resulta na diminuição da capacidade política desses indivíduos, que deveria significar o pensar a escola, o refletir sobre a prática escolar, na condição de tomar todo o cuidado sobre os aspectos políticos da educação. Ou seja, enfrentar as questões da educação a partir das relações de poder.
E o que de fato acontecia era a utilização do espaço escolar como instrumento de alienação, com praticas politicas partidárias voltadas para garantia da perpetuação dos gestores no poder.
Nesse caso, o diretor escolar indicado não possuia nenhum vínculo com a comunidade escolar, mas sim com o próprio Estado que é quem o legitima-o pela lei.
A gestão democrática da escola implica então, não somente no acesso da população aos serviços públicos de qualidade, mas também na participação e na tomada de decisões dos seus interesses.
A eleição de diretores não deve ser tomada como a salvação, para colocar a administração escolar no melhor dos mundos, entretanto, é o início para que se constitua a democracia escolar, ou seja, que se garanta a vontade da maioria dos envolvidos no processo pedagógico escolar.
Cabe ressaltar que a eleição não garante a democracia na escola. Esta democracia somente acontecerá quando existir a participação dos pais, professores, gestores, funcionários e alunos, em todas as atividades, processos e dinâmica da escola.
Só será possível a efetivação de um processo democrático com base na representatividade, por meio de uma eleição direta para os gestores da escola, visando assim a garantia da hegemonia dos interesses de todos os segmentos da comunidade escolar.
Como se pode falar de gestão democrática se a escolha do Gestor maior das escolas é indicação política. Aqui no Estado do Amapá é uma vergonha!!! A Secretaria de Educação é rateada com políticos da base eleitoral do governo e dos prefeitos. A maioria dos gestores são incompetentes e e sem compromissos. Para a maioria é status e um salário garantido no final do mês.
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